21 de jul. de 2005

Dieta da boa gordura

Em defesa do azeite


Quem disse que gordura só faz mal? Substância do azeite de oliva ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Além disso, as vitaminas contidas nele beneficiam fígado, pele, ossos, entre outras partes.

Quem explica é a nutricionista clínica e fiscal do Conselho Regional de Nutrição do Rio de Janeiro, Edna Garambone. "Pesquisas mostram que, no azeite, prevalecem gorduras monoinsaturadas", explica.

As gorduras monoinsaturadas são ricas em colesterol, mas não aquele que entope as artérias. Elas contêm o lado bom do colesterol, que ajuda a emulsificar as gorduras e fazê-las interagir melhor com o organismo.

É que o colesterol por si só não faz tão mal quanto se pensa. Pelo contrário, faz bem. O problema é a qualidade e a quantidade de colesterol.

Só para se ter uma idéia, ele participa da membrana celular, auxilia na produção de hormônios sexuais e, principalmente, de sais biliares. O lado bom do colesterol, as substâncias chamadas de HDL - a sigla é em inglês e significa o colesterol de proteínas de alta densidade --, ativam a produção dos sais na bile, os principais responsáveis pela emulsificação da gordura.

"Os sais biliares, compostos por, entre outras, colesterol, atuam como um detergente, com um processo químico que solta a gordura no meio líquido e não as deixa ficarem presas nas artérias", explica Edna.

O azeite é um excelente alimento funcional. Por tornar as gorduras mais solúveis em meio líquido contribui para aqueles que sofrem de prisão de ventre. E por auxiliar na produção de sais biliares favorece a quem sofre de cálculos biliares. Além de prevenir as doenças cardíacas.

Isso porque, além de otimizar o trabalho do bom colesterol, o azeite também combate o lado perverso do colesterol, que atende com o nome das LDL - a sigla em inglês significa colesterol de proteínas de baixa densidade. O LDL é o nome da substância que contribui para que a gordura se deposite na parede das artérias. As gorduras monoinsaturadas, que predominam no alimento, contribuem para diminuir o LDL.


Enquanto os outros óleos, em geral, têm as substâncias LDL em excesso e menos do bonzinho HDL, o azeite têm gorduras que equilibram o uso do colesterol pelo organismo.

Não é à toa que as populações das culturas mediterrâneas, com uma alimentação rica em azeite de oliva e peixe outro alimento com "boas gorduras" - , são as menos vulneráveis a doenças cardíacas.

"Praticamente, não há contra-indicações para o consumo de azeite", diz Edna Garambone. Entre as poucas desvantagens do consumo é que, em excesso, adivinha! engorda.

E aqueles que apresentam doenças hepáticas como pancreatite crônica ou aguda ou se sofrem de diarréia devem evitar consumir o alimento pois, a gordura monoinsaturada em excesso aumenta a produção de sais biliares e, em conseqüência, o movimento intestinal.


Fonte: maisde50

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